Introduction to Grunt – Portuguese

O Grunt é uma ferramenta CLI (Command Line Interface) desenvolvida em Node, gerenciada pelo utilitário NPM (Node Package Manager) e que serve, especificamente, para automatizar tarefas que estão no dia a dia do desenvolvedor Front-End: minificação, compilação, concatenação de arquivos, validação de códigos, testes unitários e diversas outras funcionalidades integradas, como: Sass, Compass, CoffeeScript, Require.js, Jasmine e etc.

Por que?

Pelo simples fato de automatizar tarefas e não ser um MONSTRO de 7 cabeças.

Basta pensar no tempo perdido toda vez que é necessário concatenar e minificar seus arquivos de CSS e JavaScript, executar testes e linting nos arquivos de JavaScript, otimizar imagens, e se estiver usando um pré-processador? Compilar arquivos.

É simples, quanto mais prático se torna o seu workflow, mais produtivo ele se torna.

Esta é a principal função de um automatizador de tarefas como o Grunt.js.

Instalando

Para utilizar Grunt.js em um projeto é necessário ter o Node.js instalado em sua máquina, pois além dele ser construído em JavaScript/C++, ele também vem com o utilitário NPM para trabalhar com as suas dependências. Após a instalação do Node, abra seu terminal ou console e vamos instalar o Grunt.

Obs: Caso esteja utilizando Windows rode o seu console em modo de admnistrador, caso esteja nas plataformas Linux/Unix utilize sudo. Notem, que estamos instalando o grunt-cli, o qual possibilita utilizar múltiplas versões do grunt na mesma máquina simultâneamente.

$ npm install -g grunt-cli

Não se assuste! Provavelmente você verá diversas requisições http sendo feitas e depois o path de onde o grunt foi instaldo.

npm http GET https://registry.npmjs.org/grunt-cli
npm http
304 https://registry.npmjs.org/grunt-cli
npm http GET https
://registry.npmjs.org/nopt
npm http GET https
://registry.npmjs.org/resolve
npm http GET https
://registry.npmjs.org/findup-sync
npm http
304 https://registry.npmjs.org/findup-sync
npm http
304 https://registry.npmjs.org/resolve
npm http
304 https://registry.npmjs.org/nopt
npm http GET https
://registry.npmjs.org/abbrev
npm http GET https
://registry.npmjs.org/glob
npm http GET https
://registry.npmjs.org/lodash
npm http
304 https://registry.npmjs.org/abbrev
npm http
304 https://registry.npmjs.org/glob
npm http
304 https://registry.npmjs.org/lodash
npm http GET https
://registry.npmjs.org/minimatch
npm http GET https
://registry.npmjs.org/inherits
npm http GET https
://registry.npmjs.org/graceful-fs
npm http
304 https://registry.npmjs.org/graceful-fs
npm http
304 https://registry.npmjs.org/minimatch
npm http
304 https://registry.npmjs.org/inherits
npm http GET https
://registry.npmjs.org/lru-cache
npm http GET https
://registry.npmjs.org/sigmund
npm http
304 https://registry.npmjs.org/lru-cache
npm http
304 https://registry.npmjs.org/sigmund
/usr/local/bin/grunt -> /usr/local/lib/node_modules/grunt-cli/bin/grunt

Pronto, agora o Grunt foi instalado! Basta colocarmos a mão na massa e utilizá-lo em um projeto.

Primeiros passos

Agora que temos o Grunt instalado em nosso ambiente, podemos inserir ele em nossos projetos e, é neste momento, que a magia começa a aparecer! Todo a material trabalhado nesta introdução ao Grunt, está disponível aqui. A pasta complete é um projeto totalmente integrado com o Grunt e a pasta todo é um projeto para implantarmos o Grunt.

Primeiro: para inserirmos o Grunt em um projeto, temos que criar 2 arquivos na raiz do mesmo: package.json e Gruntfile.js.

O package.json é o arquivo de configuração do NPM, onde o Grunt informa as suas dependências. Nele podemos colocar diversas propriedades. Para mais informações dê uma olhada na documentação ou no guia interativo. Inicialmente iremos criar um package.json com esta estrutura:

{
"name": "gruntProjects",
"version": "0.0.1",
"author": "Evandro Eisinger <evandroeisinger@gmail.com>",
"description": "Simple grunt introduction."
}

Com o nosso package.json configurado, vamos iniciar a configuração do arquivo Gruntfile.js. Este arquivo, é composto pela função module.exports que engloba todo o código. Nele é definido o carregamento dos plugins, grunt.loadNpmTasks( 'plugin-name' );, a configuração de tarefas customizadas, grunt.registerTask( 'task-name', [ 'task', 'task' ] );, e a configuração das tarefas do projeto, grunt.initConfig({});.

module.exports = function( grunt ) {

// set task config
grunt
.initConfig({
});

// load plugins
//grunt.loadNpmTasks( 'plugin' );

// set custom tasks
//grunt.registerTask( 'default', ['task'] );

}

Pronto, após salvar o seu Gruntfile.js, podemos realmente iniciar o Grunt em seu projeto.

Segundo: para iniciarmos o Grunt.js no projeto, teremos que executar o seguinte comando pelo terminal/console dentro do path do projeto:

$ npm install grunt --save-dev

Novamente serão listadas diversas requisições HTTP. Após a instalação, podemos abrir o arquivo package.json e verificar o que foi feito:

{
"name": "gruntProject",
"version": "0.0.1",
"author": "Evandro Eisinger <evandroeisinger@gmail.com>",
"description": "Simple grunt introduction.",
"devDependencies": {
"grunt": "~0.4.1"
}
}

Podemos verificar que foi inserido um objeto devDependecies, que é o local onde é feito o cadastro das dependências do Grunt. Esta ação ocorreu devido ao uso da opção --save-dev, que automaticamente insere as dependências do projeto no package.json utilizado pelo npm. Caso esteja em um projeto que já possua o Grunt e ele já esteja configurado com o arquivos package.json e Gruntfile.js, basta executar o comando para que sejam baixadas todas as dependências definidas no projeto:

$ npm install 

Terceiro: com o Grunt instalado no projeto, apenas nos resta instalar os plugins desejados, configurá-los e criar as tarefas.

Instalando Plugins

Todas as tarefas existentes no Grunt.js são baseadas em plugins. Estes são desenvolvidos tanto pela comunidade quanto pelo próprios desenvolvedores. Existe uma extensa lista, que facilita a busca dos plugins do nosso interesse. Nesta introdução irei mostrar apenas alguns, no entanto, já servem para muita coisa.

Aqui vai a lista dos plugins que iremos utilizar:

  • grunt-contrib-jshint : Validação de arquivos .js
  • grunt-contrib-concat : Concatenação de arquivos
  • grunt-contrib-uglify : Minificação de arquivos .js
  • grunt-contrib-sass : Processa arquivos .scss
  • grunt-contrib-cssmin : Minificação de arquivos .css
  • grunt-contrib-watch : Verifica mudanças em arquivos

Para instalar um plugin em nosso projeto basta executar o seguinte comando:

$ npm install nome-do-plugin

Então, vamos instalar os nossos plugins executando os seguintes comandos:

$ npm install grunt-contrib-jshint --save-dev
$ npm install grunt
-contrib-concat --save-dev
$ npm install grunt
-contrib-uglify --save-dev
$ npm install grunt
-contrib-sass --save-dev
$ npm install grunt
-contrib-cssmin --save-dev
$ npm install grunt
-contrib-watch --save-dev

Após a sua instalação, veja novamente o seu package.json e perceba que todos os plugins foram adicionados como dependências:

{
"name": "gruntProject",
"version": "0.0.1",
"author": "Evandro Eisinger <evandroeisinger@gmail.com>",
"description": "Simple grunt introduction.",
"devDependencies": {
"grunt": "~0.4.1",
"grunt-contrib-uglify": "~0.2.2",
"grunt-contrib-jshint": "~0.6.2",
"grunt-contrib-concat": "~0.3.0",
"grunt-contrib-watch": "~0.5.1",
"grunt-contrib-sass": "~0.4.1",
"grunt-contrib-cssmin": "~0.6.1"
}
}

Carregando plugins

Opa! Depois de instalarmos os nossos plugins, basta carregá-los em nosso Gruntfile.js utilizando a função grunt.loadNpmTasks():

module.exports = function( grunt ) {

// set task config
grunt
.initConfig({
});

// load plugins
grunt
.loadNpmTasks( 'grunt-contrib-jshint' );
grunt
.loadNpmTasks( 'grunt-contrib-concat' );
grunt
.loadNpmTasks( 'grunt-contrib-uglify' );
grunt
.loadNpmTasks( 'grunt-contrib-watch' );
grunt
.loadNpmTasks( 'grunt-contrib-sass' );
grunt
.loadNpmTasks( 'grunt-contrib-cssmin' );

}

Configurando tarefas

Dentro do método grunt.initConfig, realizamos a configuração das tarefas destes plugins. Cada plugin se torna um objeto dentro desta função e cada plugin possuí sua configuração, que pode ser analisada em sua documentação. Como por exemplo o plugin de concatenação ou de minificação JavaScript.

module.exports = function( grunt ) {

// set task config
grunt
.initConfig({

// jshint options
jshint
: {
all
: ['js/main.js']
},

// concat options
concat
: {
task
: {
src
: [ 'css/general.css', 'css/desktop.css' ],
dest
: 'css/style.css'
}
},

// js minifcation options
uglify
: {
task
: {
options
: {
report
: 'gzip',
compress
: true,
mangle
: false
},
files
: {
'js/main.min.js' : ['js/main.js']
}
}
},

// css minifcation options
cssmin
: {
task
: {
options
: {
report
: 'gzip'
},
files
: {
'css/style.min.css': [ 'css/style.css' ]
}
}
},

// sass options
sass
: {
task
: {
files
: {
'css/desktop.css' : 'scss/desktop.scss',
'css/general.css' : 'scss/general.scss'
}
},
},

// watch options
watch
: {
js
: {
files
: [ 'js/main.js' ],
tasks
: [ 'jshint', 'uglify' ]
},
sass
: {
files
: [ 'scss/*.scss' ],
tasks
: [ 'sass', 'concat', 'cssmin' ]
}
}
});

// load plugins
grunt
.loadNpmTasks( 'grunt-contrib-jshint' );
grunt
.loadNpmTasks( 'grunt-contrib-concat' );
grunt
.loadNpmTasks( 'grunt-contrib-uglify' );
grunt
.loadNpmTasks( 'grunt-contrib-watch' );
grunt
.loadNpmTasks( 'grunt-contrib-sass' );
grunt
.loadNpmTasks( 'grunt-contrib-cssmin' );

}

OMG! Neste exato momento já podemos testar todas as tarefas criadas! Se executarmos no terminal/console: grunt + o nome de um plugin, por exemplo: grunt concat ou grunt sass, iremos executar a tarefa! Prático, não?

Tarefas personalizadas

Para melhorar ainda mais o nosso workflow, é possível criar tarefas personalizadas! Que possibilitam a execução linear de várias tarefas existentes. Posso criar uma tarefa que teste meus arquivos Javascript e se der tudo certo, os concatene. Ou criar uma tarefa, onde toda vez que um arquivo Sass for salvo, ele execute a compilação para o arquivo de saída CSS e o minifique! Existem muitas possibilidades! Para criar estas tarefas customizadas, utilizamos método, grunt.registerTask():

module.exports = function( grunt ) {

// set task config
grunt
.initConfig({
/* ... */
});

// load plugins
/* ... */

// set custom tasks
//grunt.registerTask( 'custom-task-name', ['task-name', 'other-task'] );

}

No nosso exemplo, iremos criar apenas 3:

// set custom tasks
grunt
.registerTask( 'default', [ 'watch' ] );
grunt
.registerTask( 'build', [ 'uglify' ,'jshint', 'sass', 'concat', 'cssmin' ] );
grunt
.registerTask( 'test', [ 'uglify' ,'jshint' ] );
  • ‘grunt’: esta tarefa irá observar as mudanças realizadas nos arquivos desejados, perceba que não é necessário utilizar default, pois este nome já vinculado a tarefa grunt;
  • ‘grunt build’: esta tarefa irá minificar os arquivos Javascript, testá-los, concatená-los e depois minificá-los;
  • ‘grunt test’: esta tarefa irá apenas minificar e testar os arquivos Javascript;

Pronto!

Basicamente é isso! Nesta introdução tivemos uma visão geral aplicada de como funciona o Grunt. O mais incrível é que a cada semana coisas novas surgem e vão alimentando esta ferramenta que não para de crescer.

Obrigado!